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Redução das taxas do empréstimo consignado – veja 8 cuidados antes de pedir

A notícia é boa? O Conselho Nacional da Previdência Social – CNPS aprovou a redução da taxa máxima de juros do empréstimo consignado para beneficiários do INSS. Assim, o empréstimo e do cartão consignado e de benefícios passa de 2,14% ao mês para 1,70% ao mês e no Cartão Consignado de 3,06% ao mês para 2,62% ao mês.  

 
Isso pode potencializar a tomada desse tipo de crédito por esse grupo de pessoas. Reforçando que o empréstimo consignado é uma realidade muito utilizada para os brasileiros, mas esconde uma grande preocupação segundo o presidente da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos. 

 
Se por um lado a notícia é boa para quem precisa de um empréstimo com juro baixo, isso pode incentivar, por outro lado, que pessoas tomem mais vezes esse dinheiro sem necessidade real, e aí mora um risco.  

 
“Fato é que muitas famílias estão com problemas financeiros, contudo, a situação se agrava para os que solicitaram empréstimo consignado sem planejamento e sem a percepção do real impacto que isso terá nas finanças. Uma linha que pode ser interessante pode se tornar uma grande ameaça”, alerta Reinaldo Domingos. 

 
“O empréstimo consignado é uma modalidade de empréstimo na qual o trabalhador vincula o pagamento ao seu salário, ou seja, as parcelas são descontadas antes mesmo do dinheiro cair na conta. O lado positivo é que isso faz com que os juros sejam menores, já o lado negativo é que dificilmente se consegue negociar valores e que os ganhos mensais diminuirão”, explica Reinaldo Domingos. 

 
Os problemas relacionados ao empréstimo consignado vêm da falta de educação financeira, o que faz com que essa forma de crédito, que pode ser um benefício, se torne uma das principais formas de endividamento da população. O resultado são recordes de inadimplência, portanto é preciso tomar muito cuidado na hora de utilizar essa linha de crédito. 

 
E diante a crise ainda se tem muitos trabalhadores querendo tomar essa linha de crédito, para esses, Reinaldo Domingos preparou dez orientações que devem ser levadas em conta: 

 
• É importante conhecer a sua real situação financeira antes de tomar qualquer crédito, fazendo um diagnóstico financeiro, descobrindo para onde vai cada centavo do dinheiro durante o mês e registrando as dívidas caso existam. 

• Não permita que este empréstimo e que os problemas financeiros reflitam em seu desempenho profissional, pois será muito mais complicado pagar as contas sem nenhum salário. 

• Antes de buscar pelo empréstimo consignado é preciso ter consciência de que o custo de vida deverá ser reduzido em até 40% do ganho mensal, isto porque a prestação deste reduzirá o seu ganho mensal diretamente em seu salário ou benefício de aposentadoria. 

• A opção do empréstimo consignado é muito usada para quitação de cheque especial, cartão de crédito e financeiras, porém a troca simplesmente de um credor por outro, sem descobrir a causa do verdadeiro problema, apenas alimentará o ciclo do endividamento. 

• A linha de empréstimo consignado pode ser bem utilizada, mas não deve fazer parte da rotina de um assalariado ou aposentado. Sua utilização deve ser pontual e ter um objetivo relevante. 

• Tem sido comum o empréstimo do nome à terceiros por parte de aposentados e até mesmo funcionários, mas este procedimento é prejudicial a todos, por isso, deve ser proibido. 

• Caso encontre taxas de juros mais baixas, a portabilidade também deste crédito é necessária. Para os funcionários o caminho será falar com a área de Recursos Humanos, para os aposentados as possibilidades são inúmeras, é preciso pesquisar. 

• Os juros também são um grande perigo. Mesmo com taxas baixas, a cada ano esses valores representam uma grande parcela do valor total emprestado, é preciso negociar. 
  

Reinaldo Domingos ainda recomenda: “para quem quer tomar o empréstimo consignado, antes mesmo de assinar o contrato com a instituição financeira, é importante fazer uma boa reflexão e analisar se este valor, que será descontado diretamente no salário ou benéfico, não fará falta para os compromissos essenciais mensais”, finaliza. 

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