A segurança financeira é uma preocupação importante na vida de qualquer pessoa. A capacidade de manter um padrão de vida estável e sustentável, mesmo diante de adversidades como a perda de renda, é um desafio para muitos indivíduos. Neste artigo, vou explorar a questão de quanto tempo as pessoas conseguiriam manter seu atual padrão de vida se deixassem de receber seus ganhos mensais.
Ressalto que a grande maioria da população não possui reservas financeiras significativas para enfrentar uma situação de ruptura de renda. Uma pesquisa realizada antes da pandemia, com mais de duas mil pessoas em empresas de diversos setores, revelou que mais de 85% dos trabalhadores não conseguiriam manter sua vida financeira por mais de três meses. Isso ocorre porque a falta de educação financeira e o hábito de gastar mais do que se recebe são desafios enfrentados pela população.
Assim, destaco a necessidade de educar financeiramente a população, especialmente no que diz respeito à formação de reservas financeiras. Muitas pessoas não consideram a possibilidade de destinar parte de sua renda para criar uma reserva que proporcione segurança e sustentabilidade a longo prazo. O uso excessivo de crédito para complementar o salário também contribui para a vulnerabilidade financeira.
A ausência de reservas financeiras adequadas pode levar as pessoas a uma situação de vulnerabilidade plena. Hoje, mais de 70 milhões de brasileiros são inadimplentes e mais de 30 milhões de aposentados e pensionistas não conseguem ter qualidade de vida. Muitos dependem de parentes ou continuam trabalhando mesmo após a aposentadoria. Essa realidade mostra que é necessário mudar o modelo atual e buscar soluções para garantir a sustentabilidade financeira das gerações futuras.
Para enfrentar esse desafio, é essencial promover a educação financeira e incentivar a formação de reservas financeiras individuais e familiares. Para isso, apresento quatro pilares da metodologia DSOP: diagnosticar, sonhar, poupar e investir. Essa abordagem busca mudar hábitos e comportamentos financeiros, direcionando recursos para a criação de reservas e a realização de sonhos.
A sobrevivência financeira após a perda de renda é um tema de extrema relevância. É fundamental que as pessoas busquem educar-se financeiramente e desenvolver o hábito de poupar e investir para construir reservas que garantam sua sustentabilidade a longo prazo. A falta de reservas financeiras tem consequências significativas e pode levar a situações de vulnerabilidade financeira e dependência de terceiros.
Portanto, é preciso promover uma mudança de comportamento em relação ao dinheiro e incentivar a construção de poupanças que garantam sustentabilidade em caso de situações inesperadas, pois elas podem realmente acontecer.