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Os R$ 130 milhões da Mega-Sena rendem mais de R$ 1 milhão/mês; veja como

Por: Henrique Santiago / Site: UOL, em São Paulo

O que fazer com R$ 130 milhões na conta? Essa provavelmente é a primeira pergunta que todo apostador da Mega-Sena se fez nesta semana. Neste sábado (12), o concurso irá pagar o maior prêmio de 2022 para pelo menos uma pessoa que acertar as seis dezenas do jogo.

Para responder a essa pergunta, especialistas do mercado financeiro dão dicas de onde investir para aumentar a renda mensal.

Poupança garante quase R$ 800 mil em um mês

Para Jhon Wine, educador financeiro da Dsop e vice-presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), a caderneta de poupança é uma modalidade indicada aos interessados em conhecer a área de investimentos.

A rentabilidade da poupança é de 0,61%, segundo divulgado pelo BC (Banco Central) na quinta-feira (10). A aplicação de R$ 130 milhões renderia R$ 793 mil ao mês ao ganhador da Mega-Sena. Mas vale destacar que esses valores oscilam para cima e para baixo conforme a autarquia atualiza as taxas.

Os dados levam em conta a rentabilidade divulgada diariamente pelo BC, e a taxa referencial que voltou a ser acionada após passar o mês de fevereiro congelada.

Embora os ganhos sejam menores quando comparada com a renda fixa, a poupança tem as vantagens de ser isenta do imposto e de renda e de ser resgatada a qualquer momento. “A poupança é o investimento mais popular, mas existem rentabilidades maiores e melhores”, avalia.

Selic e CDB ultrapassam R$ 900 mil

Títulos de renda fixa do Tesouro Direto (emitidos pelo governo federal) são uma pedida de baixo risco para o investidor iniciante, pontua Wine. Entre os mais populares estão o Tesouro Selic, que é vinculado à taxa básica de juros, a Selic, de 10,75% ao ano. Com o rendimento na casa de 0,7%, o prêmio de R$ 130 milhões garante um acréscimo de R$ 910 mil na conta do ganhador.

CDB (Certificado de Depósito Bancário) que rende 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) tem a rentabilidade similar à do Tesouro Selic, ou seja, o rendimento mensal seria de R$ 910 mil ao mês — estes e os demais cálculos já descontam a alíquota máxima de Imposto de Renda, de 22,5%.

O especialista acrescenta que os CDBs, assim bem como a poupança, são cobertos em até R$ 250 mil pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), uma entidade privada que protege depositantes e investidores no âmbito do Sistema Financeiro Nacional. Isso oferece uma garantia para o investidor caso a instituição financeira declare falência.

No caso de títulos públicos, o governo tem de garantir o pagamento a quem investe, não importa a quantia.

Tesouro IPCA rende mais de R$ 1 milhão ao mês

Valter Police, planejador fiduciário da Fiduc, bate na tecla que o investidor precisa diversificar sua carteira de investimentos, ou seja, incluir mais títulos de acordo com sua necessidade. Uma possibilidade é olhar para o Tesouro IPCA, título do governo com prazos longos, atrelado ao desempenho da inflação brasileira, hoje em 10,54% no acumulado de 12 meses.

É indicada principalmente para quem busca uma aposentadoria com maior segurança financeira — uma preocupação válida até mesmo para quem ganha uma bolada na Mega-Sena e talvez não saiba administrar os milhões, conta Police. O governo disponibiliza opções com resgates que vão de 2026 a 2055.

Com rendimento de 1% ao mês, a aplicação de R$ 130 milhões oferece ganhos adicionais de R$ 1,3 milhão. Mesmo com todas essas cifras, Police faz um alerta.

“Os investidores precisam ter uma boa orientação e refletir o seu poderio econômico. Eles devem se preocupar menos com 0,5%, 0,7% ou 1% e se preocupar mais em ter uma segurança financeira para garantir uma vida melhor para si e a própria família”, diz ele.

LCI e LCA: passos para a diversificação

Além dessa gama de títulos Jhon Wine recomenda outras opções menos conhecidas do grande público: o LCI e o LCA, que são letras de crédito para imobiliárias e agronegócio, respectivamente. O rendimento hoje para ambos está em 0,9% ao mês, que garante uma rentabilidade mensal de R$ 1,170 milhão ao investidor.

Duas vantagens de ambos os títulos são a isenção do Imposto de Renda e o favorecimento com alta dos juros. Wine acredita que a compra de títulos voltados para o agro seja mais vantajosa. O prazo de duração varia entre três meses a quatro anos.

“O mercado imobiliário tem sido prejudicado pelo aumento da taxa de juros. Quanto mais sobe, menos projetos vai ter”, conclui.

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