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O impacto da Educação Financeira no empreendedorismo feminino

As mulheres representam 10,1 milhões de empreendimentos no Brasil, um estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro Pequenas Empresas (SEBRAE) mostra que o empreendedorismo feminino no Brasil vem se recuperando depois de sofrer retratação nos primeiros meses da pandemia do coronavírus (COVID-19). Apesar da evolução, este número ainda está abaixo do que elas representavam no 4° trimestre de 2019 quando atingiram o percentual de 34,8% do total.

O SEBRAE mostra que a escolaridade das mulheres que estão empreendendo aumentou em relação aos homens, esse fato indica que falar sobre educação financeira se tornou um assunto primordial na vida da mulher, tanto pessoal quanto profissional e para as que buscam entender os pensamentos e convicções que as impedem de ganhar dinheiro, a mentoria financeira é o primeiro passo para entender como se organizar, obtendo segurança, sendo autônoma na tomada de decisões e realizar escolhas inteligentes, para alcançar seus objetivos.

Recentemente, foi lançado um projeto inteiramente voltado para o público feminino que busca empreender ou que já empreende, o “Desenvolve mulher Empreendedora” criado pela coordenadora nacional de empreendedorismo feminino do Sebrae, Renata Malheiros, que tem como objetivo fomentar o empreendedorismo feminino por intermédio da atuação das 27 Federações de Associações Comerciais do Brasil (CACB) e O Conselho Nacional da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC).

Na visão dos analistas, mulheres que fazem suas próprias escolhas financeiras, estão menos sujeitas a relacionamentos abusivos domésticos ou até situações de abuso no ambiente de trabalho, tais casos que não são raros no país. Apesar desse tipo de tragédia afetar mulheres de diferentes classes sociais, religião e nível de conhecimento, a educação financeira pode ser um recurso para ajudar na redução desse índice, a autoconfiança e independência, quando falamos de empreendedorismo feminino e geração de renda, é primordial e leva a melhoria em ciclos sociais e reinvestimento econômico dentro da família e da comunidade.

Empreender não é fácil, sabemos que para mulheres, as dificuldades sempre foram maiores do que para homens, pois elas ainda acumulam as atividades de mãe e dona de casa e a maior queixa é de não terem tempo suficiente, a escassez desse recurso é um ponto negativo, mas se dá pela falta de organização de uma rotina e de prioridades, sem esse controle nada será possível e se não for possível evoluir sozinha, o primeiro passo é procurar um especialista para ajudar otimizar o tempo e alavancar seus resultados.

Ao redor do mundo existem mulheres que incentivam o empoderamento financeiro, que acaba motivando o empoderamento social, apesar de continuarem enfrentando problemas em relação a participar de tomadas de decisões públicas e privadas, são envolvidas com associativismo, cooperativismo e capitalismo consciente, que são hoje exigências básicas da agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas).

Pensando na necessidade de gerar oportunidades igualitárias e articulações que podem favorecer o empreendedorismo feminino, a CACB (Confederação Nacional de Associação Comerciais e Empresariais) busca criar vínculos políticos e câmaras de mulheres empreendedoras, onde as mesmas, tem a oportunidade de através dos fóruns e núcleos formados dentro dos municípios se fortificarem em busca desse crescimento.

A ABEFIN (Associação Brasileira de Educadores financeiros) em parceria com essas entidades, prioriza esses movimentos liderados por mulheres, ela tem como objetivo, ser uma cadeira política na definição da posição delas no mundo corporativo e na estratégia política do nosso país. Baseando-se nessas necessidades , A ABEFIN vem estruturando desde 2021 o comitê: ABEFIN MULHER – Núcleo de mulheres que querem se tornar educadoras financeiras de suas famílias e negócios.

Contudo, educação financeira é saber estar pronta pra tudo, não é sobre deixar de fazer algo, é conquistar “liberdade” para escolher ir ou ficar onde quiser  ( sem imposições ou julgamentos ), buscando capacitação , garantindo sua empregabilidade e sustentabilidade , expandindo sua consciência sistêmica e espiritual em prol de mudanças e conquistas que garantam seu protagonismo como “ mulher “ , “ esposa “ , “ mãe “ , “ empreendedora “ e tudo mais que fizer sentido para sua vida .

Lusciméia Reis – Presidente de Minas Gerais da ABEFIN (Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira), Diretora de Projetos do Núcleo de Empreendedoras ” Helenas ” , Coordenadora do Núcleo Contábil-Finanças do Grupo Unidas , educadora financeira pela Metodologia DSOP , Diretora-Sócia Estrategista da GVN Inteligência Empresarial.

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