Uma empresa pode possuir as melhores e mais amplas políticas de recursos humanos e oferecer os mais variados benefícios, contudo, independente disso, existe um ponto que será ainda mais relevante na manutenção da motivação dos colaboradores: o dinheiro.
Não há como fugir da realidade de que um profissional com dificuldades financeiras será um trabalhador que ocasionará problemas para empresa. Assim, a empresa e, principalmente, a área de recursos humanos possui um papel muito maior do que operacionalizar os departamentos.
Lembrando que políticas salariais e de benefícios têm grande importância na composição do ganho total do colaborador, porém, sem orientações sobre a melhor forma de utilizar esses valores, problemas financeiros podem ser uma realidade.
Com o objetivo de mostrar a importância da educação financeira nas empresas, a Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira – ABEFIN, divulgou uma pesquisa sobre a saúde financeira dos trabalhadores brasileiros.
Segundo o levantamento, apenas 16% dos colaboradores ouvidos são capacitados financeiramente, ou seja, conseguem pagar suas contas com a remuneração mensal e planejam seus gastos com antecedência. Por outro lado, 84% dos entrevistados enfrentam dificuldades para lidar com o dinheiro, sofrem prejuízos ou não entendem de finanças. O resultado, é claro, são dívidas, e proporcionalmente quanto maiores elas forem, menor será o rendimento dos colaboradores.
Dentre os problemas que são gerados pela falta de dinheiro estão:
• Queda no rendimento no seu trabalho e resultados;
• Atinge diretamente o ambiente interno e suas relações com os colegas de trabalho;
• Aumenta os índices de absenteísmo e presenteísmo, por causa de interesse e até doenças depressivas causadas por essa instabilidade econômica;
• Eleva o turnover na empresa, impactando nos custos com demissões e outros como treinamentos realizados, custos operacionais de contratação, etc.
Assim, as empresas devem pensar na questão financeira em ações como plano de carreira, política clara salarial, oportunidades de crescimento, além, é claro, de educação financeira.
Pensando nisso, é preciso um programa estruturado, com o intuito de mostrar aos colaboradores como lidar melhor com seus ganhos por meio da mudança de comportamento. O objetivo é motivar as corporações e seus funcionários para que possam ter uma nova relação com o dinheiro e alcançar a sustentabilidade financeira.
Com os aprendizados da Educação Financeira, tanto os colaboradores quanto a empresa sairão ganhando. Veja os benefícios da implementação da educação financeira nas organizações:
Empresa
• Diminuição do absenteísmo e presenteísmo;
• Redução de rotatividade;
• Maior produtividade do capital humano;
• Alívio da pressão financeira sobre o RH;
• Contribuição positiva para o clima organizacional;
• Diminuição e conscientização com relação aos gastos da empresa;
• Equilíbrio e motivação profissional;
• Redução do estresse no trabalho;
• Melhor qualidade de vida;
• Garantia de uma aposentadoria sustentável;
• Melhor administração do salário;
• Colaborador e família valorizam mais a realização de sonhos.
Reinaldo Domingos está a frente do canal Dinheiro à Vista. É PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira – ABFIN e da DSOP Educação Financeira. Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira.