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Centros de Rio e Niterói vivem grande expansão imobiliária. Confira ofertas de imóveis na planta

Revitalização das regiões e bom custo-benefício atraem construtoras e compradores

Tradicionais pelo comércio, as regiões centrais do Rio e de Niterói vivem um momento de expansão imobiliária. De um lado, a revitalização dessas áreas e os investimentos em transporte atraem as construtoras. Do outro, a chance de adquirir imóveis com um bom custo-benefício despertam o interesse dos compradores.

O escrivão Márcio Viana, de 25 anos, comprou seu primeiro imóvel neste ano, após ficar em uma fila de espera. Sua busca inicial era por bairros como Glória e Flamengo, mas ele logo mudou de ideia:

— A região do Porto Maravilha está crescendo, e o preço dos imóveis é mais barato.

Marcos Saceanu, presidente da Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-RJ), acredita que há uma tendência de ocupação das áreas centrais:

— A região é bem dotada de modais de transporte, cultura e comércio, teve décadas de desenvolvimento comercial, mas, depois da pandemia, houve um esvaziamento. Surgiu, então, a necessidade de um equilíbrio entre a oferta residencial e a comercial.

De olho nisso, as construtoras vêm investindo. A Cury, por exemplo, tem 12 empreendimentos no Centro do Rio, com mais de 7 mil moradias. Para Niterói, a previsão é de lançar 500 unidades em setembro.

— Antigamente, se achava que a mobilidade com carro facilitaria o deslocamento, mas esse mito caiu. Há problemas com trânsito e poluição, então é uma dificuldade morar longe — diz Leonardo Mesquita, vice-presidente da Cury.

A NovoLar tem unidades no Centro de Niterói localizadas entre a ponte e as barcas. A ideia é atrair principalmente famílias de classe média que buscam um lugar estratégico.

— Estamos vendo um crescente interesse de investidores que reconhecem o potencial de valorização e a demanda por moradias bem localizadas e com boa infraestrutura — diz Thiago Crespo, gerente comercial da Novolar Regional RJ.

A compra da casa própria é um momento importante, pois envolve um alto investimento e longos prazos de pagamento, caso a quitação não seja à vista. Por isso, o primeiro passo é avaliar a vida financeira.

Imóvel na planta é boa opção

Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira, diz que, quando o pagamento à vista não é viável, o financiamento é uma alternativa (veja condições abaixo). Mas ele ressalta que as parcelas não devem comprometer mais de 20% a 30% da renda mensal:

— Ao escolher um financiamento, é importante considerar fatores como a taxa de juros, o prazo de pagamento e o valor das parcelas.

O especialista acrescenta que uma alternativas para economizar ao adquirir a casa própria é comprar um imóvel ainda na planta. No entanto, se o objetivo é substituir o aluguel e sair logo do imóvel, a compra na planta pode não ser a ideal. Outra dica de Domingos é sempre pesquisar sobre a reputação da construtora para evitar problemas futuros.

Mais ofertas de serviço, cultura e lazer

Para muitos, morar em áreas centrais é a chance de usufruir de uma infraestrutura melhor. Para as prefeituras, incentivar a construção de moradias nesses locais é a estratégia para conter o esvaziamento e manter a região viva além do horário comercial.

Em Niterói, a área concentra metade dos empregos do município, mas apenas 4% dos habitantes residem lá. Nos últimos anos, a prefeitura aprovou uma lei que estimula a construção no Centro para reverter isso.

— O Centro oferece uma excelente infraestrutura de transporte, emprego, educação e saúde. É o maior polo de hospitais da região metropolitana — diz José Renato Barandier, secretário municipal de Urbanismo e Mobilidade de Niterói.

No Rio, programas como o Reviver Centro estimulam a ocupação residencial na região central. Assim como outras cidades, o município busca ressignificar a região como local residencial, com uma oferta diversificada de serviços, cultura e lazer.

— O centro tem boa infraestrutura de transporte, com metrô e VLT. Está ao lado do Porto Maravilha, do recém-inaugurado Terminal Gentileza e é de fácil acesso a outras regiões da cidade. Sem falar na construção do Porto Maravalley, com a faculdade de Matemática (IMPA Tech) ali ao lado — diz Chicão Bulhões, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio.

Vendas a todo vapor

As vendas e os lançamentos de imóveis estão a pleno vapor nas regiões centrais do Rio de Janeiro e de Niterói. De 2021 até julho deste ano, o Centro da capital fluminense registrou 8.547 novos empreendimentos, com 7.326 unidades vendidas, aponta um levantamento do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação ou Administração de Imóveis Residenciais ou Comerciais (Secovi-RJ). Os dados mostram uma alta também em Niterói, embora em menor escala, com 1.105 lançamentos e 714 imóveis vendidos no mesmo período.

Diante dos incentivos concedidos pelas prefeituras e do interesse dos compradores, Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio, projeta que o mercado continuará aquecido até 2025:

— Acredito que é um projeto de médio e longo prazos. Passa por uma questão de credibilidade, de ver se está realmente acontecendo. Então, essa ocupação é gradual.

O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio, Chicão Bulhões, completa:

— Daqui a quatro anos, esperamos que a região central esteja revitalizada e com muitas pessoas circulando, devolvendo a vida a uma área tão importante para a cultura e a história da cidade e do país.

Para que isso aconteça, no caso da capital, é preciso que o comércio na área do Porto Maravilha se expanda. Faltam supermercados, farmácias e padarias para atender ao crescimento da demanda por serviços locais.

— Com certeza, será necessário ter esse tipo de serviço. Mas, como a maioria dos empreendimentos ainda está sendo construída, acredito que o mercado naturalmente vai se ajustar — diz Schneider.

Já a Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade de Niterói tem a expectativa de alcançar três mil unidades licenciadas até o fim deste ano. Até 2030, espera alcançar dez mil moradias na região. A Novolar, que lançou um empreendimento no Centro, espera que as unidades estejam esgotadas até o fim do ano.

— Apenas duas semanas após o lançamento, já comercializamos mais de 110 unidades. Nossa expectativa é vender 100% delas até o fim do ano, totalizando 752 moradias. Esse rápido ritmo de vendas reflete o interesse pelas novas habitações na região — diz Thiago Crespo, gerente comercial da Novolar Regional RJ.

Imóveis na planta à venda

  • BeOn Porto Residencial (Riva) – Rio de Janeiro: As unidades custam a partir de R$ 254.524. O condomínio tem piscina, churrasqueira, salão de festas, brinquedoteca, sala de jogos, academia, espaço delivery, oficina, locker, pet care, pet place, espaço de coworking, lavanderia e minimercado.
  • Origem Porto Imperial (Riva) – Rio de Janeiro: Há unidades a partir de R$ 452.759. O condomínio tem brinquedoteca, espaço gourmet, lounge gourmet com churrasqueira e forno de pizza à lenha, academia, piscina de adulto com deck molhado, piscina Infantil, playground, quadra, salão de festas, salão de jogos, sauna com repouso, espaço de coworking, espaço mulher, lavanderia, minimercado e pet place.
  • Green Life (Novolar) – Niterói: Tem unidades a partir de R$ 330 mil. Oferece churrasqueiras gourmet nos rooftops das quatro torres, piscinas de adulto, infantil e com raia de 22m, prainha, solarium, gazebos, salão de festas, sauna com descanso, churrasqueira, playground, espaço kids, espaço games, quadra recreativa, quadra de beach tênis, academia, crossfit zone, pet place, praça de convivência, praça das jabuticabeiras, espaço luau e pista de caminhada.
  • Residencial Porto Maravilha (Cury) – Rio de Janeiro: Tem unidades a partir de R$ 299.300. O condomínio oferece piscina, espaço gourmet, salão de festas, salão de jogos, espaço de coworking, academia, espaço zen, sauna, oficina, brinquedoteca e pet care.
  • Heitor dos Prazeres – Condomínio PierroT (Cury) – Rio de Janeiro: Há unidades a partir de R$ 458.500. O condomínio oferece piscina, quadras gramadas e de beach tênis, churrasqueira, salão de festas, espaço gourmet, pet place, minimercado, lavanderia, espaço para coworking, entre outros.
  • Heitor dos Prazeres – Condomínio Colombina (Cury) – Rio de Janeiro: Tem unidades a partir de R$ 281.600. O condomínio oferece piscina, quadras gramadas e de beach tênis, churrasqueira, salão de festas, espaço gourmet,pet place, minimercado, lavanderia e espaço para coworking, entre outros serviços.
  • Vargas 1.140 (Cury) – Rio de Janeiro: Tem unidades a partir de R$ 430.800. O condomínio oferece churrasqueira, brinquedoteca, bicicletário, academia, piscina no rooftop, oficina, lavanderia, salão de festas e também espaço de coworking.

*Estagiário sob supervisão de Mônica Pereira

Fonte: Extra – Por Caroline Nunes e Vinicius Macêdo*

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