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Caso Scarpa, Mayke e Willian Bigode – conheça 6 falsos investimentos comuns no mercado  

O caso do momento é o dos ex-companheiros no Palmeiras, Gustavo Scarpa, Mayke e Willian Bigode, relacionado a um possível golpe milionário sofrido pelos dois primeiros pelo último e seu sócio. Nesse as supostas vítimas investiram milhões em um esquema de criptomoedas, que prometiam ganhos de até 5% ao mês. 

Foram mais dede R$10 milhões no esquema da empresa Xland Holding. Gustavo Scarpa investiu R$ 6,3 milhões, enquanto Mayke colocou quase R$ 4,1 milhões no negócio. Os dois foram levados a acreditar em um investimento que dava retorno muito acima dos padrões do mercado e com isso perderam muito dinheiro. 

Mas, eles não são o primeiro caso relacionado a esse e outros temas de investimentos que não dão o retorno esperado pelas pessoas. Atualmente, muitas pessoas querem começar a investir, já que esse é o assunto do momento, mas ao mesmo tempo nem todos sabem como rentabilizar o dinheiro e acabam pedindo opiniões ou simplesmente apostam no “sempre ouvi falar”. 

É importante ficar atento para não cair em armadilhas e investir em algo que pode lhe trazer grandes prejuízos, por isso apresento abaixo 6 investimentos falsos. 

1: Criptomoedas 

Uma febre nos últimos anos, as pessoas utilizam erroneamente as moedas digitais como investimentos. E assim se cria um bolsão de altas e baixas que não possui nada como garantia, apenas a vontade dos operadores, ou seja, tudo muito arriscado. Resultado, foram muitas pessoas que ganharam muito dinheiro com isso, mas também foram muitos que perderam muito dinheiro.  

O problema maior é que por falta de conhecimento, repetidamente vemos pessoas que são vítimas de golpes relacionados ao tema. Sempre se apoiando na promessa de ganhos exorbitantes. Exemplos de histórias que não deram certas relacionadas ao tema vão muito além dos jogadores do Palmeiras, como é o caso do ‘faraó’ dos bitcoins.  

2: Pirâmides Financeiras 

Mais um investimento falso e um dos mais perigosos, sem dúvida, pois além de ser ilegal, pode trazer prejuízos enormes. As pirâmides são vendidas com uma promessa de grandes lucros em pouco tempo e pouco trabalho, dependendo de novas pessoas participantes. Esses “investidores” são remunerados por indicações, favorecendo apenas que está no topo da pirâmide, ou seja, os proprietários, que ostentam luxo e riqueza para que os participantes acreditem que também “chegarão lá”. 

3: Títulos de capitalização 

Por mais que seja vendido livremente, e isso não é um problema, é bom entender essa dinâmica. Os títulos de capitalização são comprados nas agências bancárias onde a pessoa guarda um valor durante um determinado período e participa de sorteios. Caso sorteada, o que é muito difícil de acontecer, o título é rentabilizado, caso contrário, o rendimento é menor que o da poupança. 

4: Caderneta de Poupança 

Falando em poupança, esse é um tipo de investimento, inclusive o mais querido dos brasileiros. Uma pesquisa divulgada esta semana pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mostrou que 65% das pessoas que guardam dinheiro optam pela caderneta de poupança. 

A poupança entra nesta lista por ter uma rentabilidade extremamente baixa, abaixo da inflação, o que não atinge 5% ao ano, portanto você deixa de ganhar mensalmente, o que ao longo dos anos pode ser muito dinheiro perdido. 

5: Jogos de Azar 

Os jogos de forma geral também são outros investimentos falsos. A Megasena, jogo do bicho, entre outros, faz com que as pessoas acreditem que ganharão milhões do dia para a noite, mas na verdade esses pequenos valores das apostas ao longo de anos podem ser bem consideráveis se somados. 

Experimente fazer uma conta rápida de todo o dinheiro “investido” em jogos, tenho certeza de que será muito dinheiro e talvez até o valor da sua independência financeira. 

6: Veículo 

O veículo continua sendo um grande sonho de muitos brasileiros, mas é um falso investimento, pois quando é adquirido já faz com que a pessoa comece a perder dinheiro, isso por conta da alta desvalorização, não apenas dos veículos usados, mas também os novos. O valor de compra é reduzido em aproximadamente 10% tão logo que esse veículo deixa a concessionária. 

Além disso, os custos para se manter um automóvel são inúmeros: IPVA, seguro, estacionamento, combustível, manutenções, eventuais acidentes, enquanto a desvalorização citada acima só aumenta ano a ano. 

Reinaldo Domingos está a frente do canal Dinheiro à Vista . É PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira. Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira . 

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