A taxa de juros (Selic) foi reduzida de 13,75% para 13,25% ao ano. Isso teve um efeito-cascata e os bancos passaram a anunciar cortes em suas próprias taxas. Os primeiros que começaram a praticar novos percentuais foram a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. Eles reduziram a cobrança no crédito consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Além dos bancos públicos, as instituições financeiras privadas informaram que estão revisando suas taxas em diversas modalidades para se ajustar a nova porcentagem.
De acordo com a Associação Nacional de Executivos (Anefac), para os usuários de cartão de crédito, ocorrerá uma redução de 2,2 percentual, indo de 427,3% (quando a Selic era de 13,75%) para 425,1% ao ano, seguido do cheque especial, que ficará em 155,8% ao ano, do empréstimo pessoal em financeiras (132,1%), dos juros do comércio (91,6%), do empréstimo pessoal em bancos (61,8%) e do crédito direto ao consumidor (28,5%).
Para explicar melhor, com a nova taxa de juros, uma pessoa que entrar no cheque especial em 1 mil reais por um mês pagaria R$ 130,70 e, com a redução, vai pagar R$ 129,80 na operação, uma diferença de apenas R$ 0,90. Aquele que comprar uma geladeira de R$ 2 mil e dividir o valor em 12 vezes teria parcelas de R$ 405,91. Agora vai pagar R$ 402,76, uma redução de R$ 3,15.
De acordo com Reinaldo Domingos, Presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin), o resultado do juros real é menor é impactando nas dívidas já existentes, e nos novos contratos: “A baixa também vai impactar na realização de sonhos como o do carro novo e da casa própria, diminuindo os juros de crédito da população, como empréstimos e financiamentos, que com taxas mais altas limitam a capacidade de consumo”, explicou.