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4 orientações para que os problemas financeiros não prejudiquem o desempenho no trabalho

O endividamento descontrolado e a inadimplência ocasionam muitos reflexos na vida das pessoas, impactando muitas vezes na vida profissional. Preocupações com as finanças geram estresse, diminuição da capacidade de focar no trabalho e absenteísmo.

É quase unanimidade entre os empregadores que as questões financeiras são impactantes no desempenho dos funcionários no trabalho. Em função dessa realidade, no Brasil, diversas empresas já oferecem oferecem programas de educação financeira aos seus colaboradores.

Mas, é preciso também a contrapartida dos colaboradores, para que não deixe que esses problemas financeiros ocorram, mas caso isso não seja possível, que não deixe essa situação refletir em seus resultados. Caso contrário os impactos podem ser ainda piores, podendo ocasionar até a demissão.

Assim, pensando nos profissionais em dificuldades financeiras, dívidas ou em situação de inadimplência, veja algumas orientações para não comprometer seu desempenho no ambiente de trabalho:

Administre bem seus ganhos

Quando pensar em ganhos, não se restrinja ao salário. Vales alimentação e refeição, bônus, participação nos lucros, 13º salário e até mesmo plano de saúde devem ser considerados e bem administrados.

Procure manter os gastos com almoços e no mercado dentro dos valores diários e mensais dos vales refeição e alimentação, para não ter que destinar parte do salário para tais despesas.

Caso esteja endividado ou inadimplente, não utilize rendas extras para quitar dívidas sem antes conhecer todos os seus débitos. Dê preferência aos de serviços essenciais (como água, luz e aluguel) e sobre as quais incidem mais juros, como cheque especial e cartão de crédito.

Atente-se ao empréstimo consignado

Os juros baixos do empréstimo consignado — em comparação a outras modalidades — se dão porque o pagamento está atrelado ao salário, com desconto em folha. Pode ser uma boa saída em caso emergencial, para conter uma dívida, mas ele pode não resolver o problema e levar a outros ainda maiores.

Isso porque o padrão de vida é diminuído drasticamente, com redução no salário que pode chegar a 35%. Faça uma boa reflexão e analise se o valor descontado não fará falta no pagamento dos compromissos essenciais mensais.

Faça um diagnóstico financeiro

Conheça exatamente o seu padrão de vida e economize para sair das dívidas. Isso mesmo, é preciso mudar hábitos e comportamentos que levaram a essa situação em primeiro lugar.

Faça um diagnóstico financeiro e veja de que forma gasta seu dinheiro e quais despesas pode reduzir ou eliminar para sair do endividamento e inadimplência. Anote por 30 dias (ou 90, se tiver renda variável) todos os seus gastos.

Sabendo o quanto poderá dispor mensalmente para pagar a dívida, negocie então com banco e credores. Com os valores economizados de bônus, 13º salários e outras rendas extras, terá força para renegociar e quitar toda ou boa parte da dívida.

Aproveite as horas livres

Em seu período de almoço e horas de descanso, procure se alimentar bem, praticar esportes, descansar e passar bons momentos com familiares e amigos. Ninguém está livre de passar por problemas assim, que são resolvidos com educação financeira, e tão importante quanto cuidar deles é preservar a sua saúde física e mental.

Reinaldo Domingos é PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (ABEFIN) e da DSOP Educação Financeira. Está a frente do canal Dinheiro à Vista e é autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira.

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