Começou na terça-feira (01), o Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira, que reúne bancos e financeiras de todo o país. Até o dia 30 de novembro, os endividados poderão acertar as contas e reequilibrar suas finanças pessoais.
O mutirão é uma ação conjunta da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), do Banco Central do Brasil (BCB), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e dos Procons de todo o Brasil para ajudar o consumidor a regularizar as contas e limpar o nome nesta reta final do ano.
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O mutirão é voltado para pessoas físicas com dívidas que não têm bens dados como garantia de pagamento e que estejam com parcelas de empréstimos e financiamentos em atraso.
Para participar da campanha o interessado deve acessar a página do mutirão criada especialmente para esta ação. Ao acessar a página, o consumidor vai encontrar orientações sobre como organizar suas finanças e negociar a dívida atrasada, além de ter acesso aos canais diretos dos bancos e à plataforma de mediação Consumidor GovBr, da Senacon, que conta com 160 instituições financeiras registradas. Nesse portal, o prazo para que elas analisem as reclamações e as solicitações dos consumidores e apresentem propostas para a solução dos problemas é de 10 dias.
Também na página do mutirão, o consumidor terá link de acesso ao sistema Registrato. Por meio dele, é possível verificar o relatório de Empréstimos e Financiamentos (SCR), que contém a lista de dívidas que a pessoa tem com as instituições financeiras. Como também, poderá navegar por conteúdo exclusivo sobre educação financeira na plataforma Meu Bolso em Dia, que está disponível para ajudar o interessado em organizar seu orçamento.
CONTRATOS
O volume total de contratos em atraso repactuados entre 2020 e 2022 chegou a 22 milhões, que superam R$ 1,1 trilhão de saldo negociado. No mais recente Mutirão de Negociação e Orientação Financeira, que durou de 07 a 31 de março, 1,7 milhão de contratos foram renegociados, trazendo alívio financeiro imediato para empresas e consumidores endividados, segundo os dados da Federação Brasileira de Bancos. (Com informações de Trayce Melo)
Orientações
– Educadora financeira e vice-presidente regional da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Ana Ferrari dá dicas de como organizar os gastos e fechar uma boa negociação e sair dos juros abusivos.
“O primeiro passo para quem pretende negociar as dívidas é saber o que deve, em quais lugares e buscar uma parcela com taxas de juros razoáveis. Antes de fechar uma negociação, saber de fato o que está inadimplente. Quanto mais parcelas a negociação tiver, maiores são os valores do juros. Também tem as taxas administrativas e a taxa extra de banco. Não adianta ir pro mutirão sem ter um valor para pagar e acabar adquirindo uma negociação que não cabe no orçamento familiar. É indicado que o valor da parcela da negociação comprometa 5% e no máximo 10% da renda familiar, dependendo da condição de cada família”, pontua.
Ela também explica que o consumidor deve estar ciente de quais são suas prioridades. “Sempre está ciente quais são as dívidas de valor, como moradia, alimentação e saúde. E colocar para pesar as que podem ser trocadas, como as dívidas de valor agregado, por exemplo, carro para uso de passeio. Uma vez que tem o nome com restrição financeira, procure não comprar de uma marca elevada porque isso aumenta os custos com peças, impostos e manutenção”, explica.
Serviço
– Mais informações no https://meubolso emdia.com.br/ Materias/mutirao-da- negociacao