Alguns na ânsia de se livrar de dívidas, acabam contratando empréstimos. Essa ideia parece contraproducente, mas será que é mesmo?
Muitos brasileiros lutam diariamente para sobreviver e vencer as dívidas. Nos últimos tempos, 30% das famílias no país encontravam-se em situação de inadimplência, de acordo com um relatório da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
Um país inadimplente
A pesquisa em questão foi feita em 2010, mas esse percentual continua crescendo. Um claro exemplo disso é encontrado ao fazer uma comparação entre os meses de setembro do ano passado (2021) e deste ano (2022), quando houve um aumento de 4,5%.
Além da situação de inadimplência (atraso no pagamento das contas), o mesmo órgão (CNC) também contabilizou o percentual de dívidas (compras realizadas a prazo, mesmo que não estejam em atraso) e constatou que o número chegou em 79,3% das famílias brasileiras.
Como saldar as dívidas?
Com base nos dados obtidos nesta pesquisa, fica claro que a maior parte dos brasileiros está com dívidas. Mesmo que não estejam inadimplentes, todos que possuem dívidas se preocupam se conseguirão pagar corretamente todas as parcelas.
Em alguns casos, os devedores consideram a possibilidade de contratar algum crédito pessoal e, dessa forma, reduzir as contas a uma única parcela mensal (em alguns casos, menor do que ele precisaria pagar mensalmente sem o empréstimo).
Para sair dessa situação, não existem muitas alternativas, é preciso encarar as contas e principalmente mudar a atitude em relação ao dinheiro. Para Reinaldo Domingos, presidente da ABEFIN (Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira), a solução é “tratar o problema na raiz, evitando, assim, entrar num ciclo de endividamento”.
Para quem se encontra em tal situação, a dica é manter a calma, criar um plano de ação e encarar a situação de forma realística.
O empréstimo é a solução?
Um empréstimo pode ser um aliado eficaz, dependendo do tamanho da dívida e das condições oferecidas pela contratação do crédito. Porém, a solução, voltando à fala de Reinaldo, é cortar o mal pela raiz, ou seja, identificar qual é a origem do problema e tratar a partir daí.
O empréstimo, como dito, é um aliado, mas não representa uma solução definitiva, pois nada impede que o inadimplente contraia outra dívida. Para uma cura definitiva, é preciso educar financeiramente as pessoas para que usem o dinheiro com sabedoria e responsabilidade.