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Quitar dívidas ou investir? Saiba o melhor caminho para a restituição do IR

A Receita Federal paga nesta sexta-feira (31) o primeiro lote de restituição do Imposto de Renda 2024 a 5,56 milhões de brasileiros. Para os contemplados do lote de R$ 9,5 bilhões, o maior valor já pago pelo Fisco, a recomendação inicial é pelo pagamento das dívidas antes de olhar para os investimentos.

O que aconteceu

  • A Receita Federal vai pagar o maior lote de restituição da história. Entre os contemplados, a maioria faz parte dos grupos prioritários, formado por contribuintes com mais de 60 anos (2,8 milhões), cidadãos cuja maior fonte de renda seja o magistério (1,1 milhão), contribuintes com alguma deficiência (162.902) e aqueles que utilizaram a declaração pré-preenchida ou optarem por receber a restituição via Pix (787.747).
  • O lota também inclui a população gaúcha nos critérios de prioridades. Diante da tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul, o Fisco incluiu os moradores do estado no primeiro lote de restituição. Serão restituídas 886.260 declarações para contribuintes da região. O valor traz também as entregas de exercícios anteriores, totalizando mais de R$ 1 bilhão.

Destino do dinheiro

  • Quitação das dívidas deve ser prioridade.para os contribuintes. Aos mais de 5,56 milhões contemplados, o primeiro passo é analisar a situação financeira e utilizar a restituição para pagar as despesas em atraso.
  • Para quem não está endividado, foco dever ser na reserva de emergência. A alternativa evita que o contribuinte tenha problemas financeiros. Para evitar futuras as adversidades, é recomendável que a reserva seja suficiente para repor as despesas pessoais por um curto período, sem foco no retorno da aplicação.
  • Títulos atrelados à taxa de juros são boas opções para casos de emergência. Entre as opções listadas, é sugerido que os contribuintes escolham por investimentos com liquidez imediata, que garantam o retorno no momento da eventual necessidade. As melhores opções citadas acompanham a taxa de juros, sejam atrelados à Selic ou ao CDI, que não oferecem muita oscilação.
  • O conhecimento das metas para o investimento é essencial. Após a reserva financeira, cada contribuinte tem um perfil financeiro distinto. Por isso, é recomendada a construção de una análise individual. A alternativa permite avaliar o apetite ao risco e as melhores opções de investimento conforme o prazo de resgate adequado para cada pessoa. Para os investimentos no médio prazo, os títulos ligados às taxas de juros seguem atrativos.

“Os títulos pós-fixados do Tesouro, que têm retorno ligado à taxa Selic, são exemplos, já que oferecem liquidez diária e favorecem os investidores, que podem resgatar a quantia no Tesouro Selic a qualquer momento. Os CDBs também são atrativos por serem opções de renda fixa de títulos vendidos no mercado com prazo determinado.”

– Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (ABEFIN)
  • Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) têm proteção do FGC. Ainda que representem risco maior em relação ao Tesouro Direto, os títulos de renda fixa de instituições financeiras privadas contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito. O recurso é acionado para a recuperação de aplicações em caso de falência, cobrindo até R$ 250 mil, por CPF ou CNPJ.
  • Aplicações na Bolsa de Valores são recomendadas para quem pensa a longo prazo. As apostas em ações e FIIs (Fundos de Investimento imobiliário) devem ser vistas como investimentos de longo prazo, porque oferecem maiores oscilações. “A variação desses ativos é imprevisível, então, correndo mais riscos, é possível obter ganhos maiores ao longo do tempo”, explica Reinaldo Domingos.
  • A construção de uma carteira diversificada também é primordial. Para os investidores com conhecimento mais avançado sobre o mundo dos investimentos, a restituição pode servir como alternativa para ampliar a diversificação, de acordo com prazos e objetivos.

Fonte: UOL Economia

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