Os medicamentos são responsáveis por uma representativa parcela dos gastos dos brasileiros e esse é um gasto prioritário das famílias, que podem deixar de comprar muitas coisas, mas dificilmente não adquirem esses produtos quando receitados ou em caso de necessidade.
Contudo, os custos desses produtos são motivos de grandes preocupações por parte da população. Ainda mais recentemente quando esses produtos tiveram o ajuste máximo de preços permitido de 5,60%, para todos os níveis de medicamentos, segundo resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) de 30 de março.
Esse aumento deve impactar mais de 13 mil apresentações de remédios à venda nas farmácias. Importante lembrar que os preços dos medicamentos têm uma dinâmica diferente dos demais produtos de mercado, com apenas um reajuste por ano e esse estabelece o preço máximo que esses podem ser vendidos nas farmácias.
E, esse aumento deve alterar ainda mais o comportamento do consumidor. Segundo a 6ª Edição da Pesquisa Sobre o Comportamento do Consumidor em Farmácias no Brasil finalizada em 2023, realizado pelo IFEPEC – Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa – em Parceria com a Unicamp, o público das farmácias está mais atento para economizar em compras nas farmácias.
Para pesquisa foram entrevistados 4.000 consumidores em todo o país. Dentre os pontos apontados na pesquisa, uma mudança no perfil em relação aos outros anos é que mais consumidores afirmam que o preço foi o principal fator para a escolha da farmácia, atingindo 82,13% dos entrevistados. No ano anterior esse número era de 79,9%.
Além disso, aumentou muito a pesquisa de preço. 31,2% dos consumidores afirmaram que realizaram alguma forma de pesquisa de preços em outras farmácias antes de efetuar sua compra. Em 2022 esse percentual era de 15,3%.
Ainda em busca de economia, mais de 92,5% dos consumidores entrevistados reportaram participar de algum programa de fidelidade, o que comprova que essas ações continuam em alta.
O objetivo central dessa pesquisa sempre foi de analisar o perfil de consumo nas farmácias. “Fazer uma pesquisa sobre o retrato real do comportamento dos consumidores no varejo farmacêutico nacional é primordial para apoiar as iniciativas internas. Com dados atuais à disposição, podemos estruturar nossas estratégias e dessa forma sermos mais assertivos”, destaca Edison Tamascia, presidente da Febrafar.