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Mais de 44% de inadimplentes: como colocar as finanças em dia

Dados da Serasa mostram que 72,9 milhões de brasileiros convivem com a inadimplência.

Segundo o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas — Maio 2024, divulgado pela Serasa, 44,3% da população brasileira está inadimplente, o que totaliza mais de 72,9 milhões de pessoas. Os dados mostram que a inadimplência afeta homens e mulheres de maneira igualitária. 

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) define como inadimplência o descumprimento de uma obrigação financeira, como o não pagamento de bens ou serviços até a data de vencimento. Segundo o Portal do Investidor, iniciativa do Governo Federal, para reverter a situação é importante adotar uma postura proativa em relação às próprias finanças.

Medidas para organização financeira são bem-vindas para manter as contas em dia. Criar o hábito de anotar as próprias despesas em um caderno ou por meio de ferramentas digitais, como o planner online; ter uma avaliação mais cuidadosa sobre os gastos; diferenciar os gastos essenciais dos supérfluos; e evitar o consumo por impulso estão entre as orientações da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (ABEFIN) para sair da situação de inadimplência. 

Cenário da inadimplência no Brasil

A pesquisa divulgada pela Serasa traz, ainda, outras informações sobre o cenário de inadimplência no Brasil. Embora a situação apareça de forma equilibrada entre homens e mulheres, quando o recorte é feito por faixa etária, há grupos que apresentam índices maiores do que outros. 

Pessoas entre 41 e 60 anos representam a maior fatia da população inadimplente, correspondendo a 35,2%. Em seguida aparecem as faixas etárias de 26 a 40 anos (34,2%), acima de 60 anos (18,9%) e os jovens entre 18 e 25 anos (11,8%). 

Em relação à localidade, o estudo revelou que o estado mais inadimplente é o Mato Grosso (53,7%), Já o Piauí é o que apresenta a menor taxa de inadimplentes: 35,85%.

Dicas para colocar as finanças em dia

Segundo a ABEFIN, a organização financeira é a solução para sair da inadimplência e não correr o risco de ficar com o nome sujo, ter restrições de crédito, perder os bens ou enfrentar processos na justiça. O órgão apresenta quatro dicas que podem ajudar a colocar as finanças e evitar o endividamento.

Faça um levantamento de todas as contas

O primeiro passo para se organizar financeiramente, de acordo com a Abefin, é fazer um levantamento de todas as despesas. Nesse processo, pode ser interessante utilizar ferramentas online, como o planner, pois esses recursos ajudam a dispor todas as informações de forma organizada, em um só lugar. 

Na hora de realizar o levantamento, a Abefin destaca a importância de incluir quais os tipos de dívidas, quem é o credor, qual é o valor inicial, os juros, as taxas e o prazo da dívida. 

Também é aconselhável considerar as despesas do dia a dia. Isso inclui as fixas, como conta de luz, água e gás, e as variáveis, como alimentação e lazer. Desse modo, será possível ter uma visualização mais ampla sobre a situação financeira. 

Analise a própria situação financeira 

Após o levantamento, a ABEFIN destaca que é hora de fazer uma análise precisa sobre a própria vida financeira. Para isso, a associação considera ser importante responder aos seguintes questionamentos: “quanto se ganha por mês?”, “quanto se gasta por mês?”, “qual é a parcela do dinheiro que está comprometida com dívidas?” e “quanto seria necessário por mês, caso acontecesse algum imprevisto, como o desemprego?”.

Corte os gastos que não são necessários 

Com o levantamento financeiro em mãos e uma análise precisa sobre a própria situação, é hora de começar a cortar os gastos. A ABEFIN explica que pessoas que estão endividadas precisam aprender a apertar o cinto e adaptar os gastos à renda financeira. 

Para facilitar, é preciso abdicar temporariamente dos gastos supérfluos, como salão de beleza, academia, assinatura de serviços e locais de lazer que geram gastos consideráveis. Para sair das dívidas, é importante pensar em opções mais econômicas e/ou gratuitas. 

Procure renda extra 

A ABEFIN destaca, ainda, que em alguns casos só cortar gastos não é o suficiente. Nesses casos, a recomendação é procurar por uma renda extra, seja por um trabalho nos horários livres ou bicos no final de semana. Outra dica dada pela organização é se desfazer de itens que não usa mais para revendê-los ou investir no empreendedorismo e vendê-los na internet.

Fonte: Piauí Hoje

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