Assim, a pergunta que fica é: O que fazer na situação atual para comprar medicamentos?
Com o reajuste no preço de medicamentos, houve um aumento de até 4,5% pelos fabricantes, divulgado em 31 de março e segundo resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED); É importante lembrar que os preços dos medicamentos têm uma dinâmica diferente dos demais produtos de mercado, com apenas um reajuste por ano e estabelece o preço máximo que esses podem ser vendidos nas farmácias.
Os medicamentos são responsáveis por uma parcela dos gastos dos brasileiros e esse é um gasto prioritário das famílias, que podem deixar de comprar muitas coisas, mas dificilmente não adquirem esses produtos quando receitados ou em caso de necessidade.
E, esse aumento deve alterar ainda mais o comportamento do consumidor. A preocupação com esse aumento é reforçada pelos resultados exclusivos da 7ª Edição da Pesquisa sobre o Comportamento do Consumidor em Farmácias no Brasil 2024, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa ( IFEPEC), em parceria com a Unicamp, indicam transformações importantes no perfil do consumidor farmacêutico.
A pesquisa, que entrevistou 4 mil consumidores em todo o Brasil no momento em que saíam da farmácia, trouxe como destaque a importância dos preços na escolha de farmácias e produtos. Segundo o levantamento, 88,9% dos entrevistados levam em consideração a imagem de preços competitivos como principal atributo no momento da compra. Em 2023 esse percentual era de 82,13% dos entrevistados e em 2022 era 79,9%.
Assim, a pergunta que fica é: O que fazer na situação atual para comprar medicamentos? “Mesmo tendo os medicamentos preços tabelados é possível economizar nessas comprar. Uma coisa que poucas pessoas sabem é que se tabela apenas o valor máximo dos medicamentos, mas o mínimo as farmácias podem estabelecer de acordo com suas estratégias comerciais”, analisa o presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (ABEFIN), Reinaldo Domingos.
Para auxiliar os consumidores, veja orientações elaborados por Reinaldo Domingos sobre como economizar na compra desses produtos:
1. Pesquise preços
Busque conhecer o preço em outras farmácias, é interessante pesquisar, pois os preços são realmente muito diferentes, sem contar que no final das contas uma drogaria pode cobrir o preço da concorrência. Aconselho que o consumidor faça um cadastro de fidelidade e participe de programas de aquisição de medicamentos, pois a prática pode resultar em descontos futuros.
2. Defina o que quer comprar
É importante ter bem claro o que se deseja comprar na farmácia. Por isso se atenha a uma lista pré-definida de produtos, evitando comprar por impulso, o que é muito comum nos dias de hoje.
3. Pesquise genéricos e similares
Na grande maioria das vezes os medicamentos genéricos ou similares são mais em conta, assim a orientação é sempre buscar por essa alternativa nas farmácias e quando o médico for elaborar a prescrição, solicite que coloque o princípio ativo em vez da marca. Pesquise também entre laboratórios, pois os preços são variados.
4. Cadastre-se no programa Farmácia Popular
Muitas farmácias possuem um programa governamental chamado Farmácia Popular, esse oferece medicamentos gratuitos de hipertensão, diabetes ou asma para pessoas que possuem cadastro e receita. O programa também possibilita descontos de até 90% mais baixos. É necessário apenas ir a uma farmácia credenciada, apresentar a receita – que não precisa ser de um médico do Sistema Único de Saúde (SUS) – e a identidade para conseguir pegar medicamentos com desconto.
5. Utilize programas de fidelidade
A grande maioria das farmácias possui programas de fidelidades com grandes benefícios. Mas além disto existem os programas dos laboratórios, faça seu cadastro, pois são aceitos em muitas farmácias, gerando economia de até 70%. Veja se sua empresa, plano de saúde, sindicato ou associação de classe profissional não possui parceria com alguma rede.
Sobre a Pesquisa
A Pesquisa Sobre o Comportamento do Consumidor em Farmácias no Brasil – Edição 2024 foi aplicada pelo IFEPEC (Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa) em parceria com o NEIT – Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia, do Instituto de Economia da Unicamp.
Para a realização do levantamento foram entrevistados quatro mil consumidores nas imediações das farmácias, após efetuarem suas compras. Os estabelecimentos foram selecionados de acordo com os agrupamentos a qual pertencem, segundo dados da IQVIA.