Diversos fatores precisam ser levados em consideração na hora de montar e manter uma marca. Entre eles se encontram amplas políticas de recursos humanos e oferecimento de variados benefícios, todavia, o dinheiro ainda é um quesito fundamental, seja na manutenção da marca quando na motivação dos colaboradores. Sendo assim, a educação financeira se mostra crucial, seja para um empreendedor ou alguém buscando melhorar suas condições pessoais nessa esfera. Aprenda mais sobre esse tipo de sabedoria e a importância de uma atenção redobrada à área.
Dificuldades financeiras impactam na produtividade
No geral, um profissional com dificuldades está fadado a ser um trabalhador responsável por ocasionar problemas para o estabelecimento. Pensando nisso, seria papel da companhia, em especial o setor de RH, oferecer certas condições indo além de apenas operacionalizar os departamentos. Nesse sentido, é interessante analisar a relevância de políticas salariais e de benefícios na composição do ganho total do colaborador, porém, sem orientações sobre a melhor maneira de utilizar dessas vantagens, empasses nesse quesito podem ser uma realidade.
Segundo um levantamento da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), apenas 16% dos funcionários ouvidos são formados nessa área, ou seja, conseguem pagar suas contas com a remuneração mensal e planejam seus gastos com antecedência. Por outro lado, 84% dos entrevistados enfrentam dificuldades para lidar com a verba, sofrem prejuízos ou não entendem do assunto. Como resultado, contraem despesas e, proporcionalmente quanto maiores elas forem, menor será o rendimento dos mesmos. “O endividamento muitas vezes é reflexo da falta de uma educação financeira somada a uma compulsividade em comprar coisas, levando famílias inteiras a grandes complicações”, explica a consultora financeira da Zetra, Andreza Stanoski.
Nesse sentido, é crucial enfatizar como a baixa saúde econômica tem ligação direta com uma produtividade menor e maior absenteísmo, pois podem gastar até 14h na semana cuidando desses empecilhos e terem duas vezes mais intenções de trocar de emprego, de acordo com um estudo da PwC, em 2022. Isso tudo, além de afetar os resultados da instituição, impacta diretamente as relações interpessoais.
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de divórcios no país cresceu 75% em cinco anos e, em 2021, o total saltou para 7,4 mil apenas em julho, um aumento de 260% em cima da média de meses anteriores. O que esses números têm a ver com o tema? A principal causa para isso são as questões relacionadas à dinheiro.
Logo, é possível listar os desafios ocasionados pela falta de recursos, como:
- Queda na eficiência no ofício;
- Impacto no espaço interno e relações com os colegas de profissão;
- Aumento dos índices de ausência e presença, devido ao interesse ou doenças depressivas causadas por essa instabilidade econômica;
- Elevação do turnover dentro do estabelecimento, impactando nos custos com demissões, treinamentos, operações de contratação, etc.
O papel da empresa nesse cenário
No Brasil, uma parcela muito pequena da população (média de 0,5%) tem acesso a algum tipo de aconselhamento de qualidade. Esse é um número muito baixo o qual contribui para elevar as taxas de endividamento. Essa situação amplia a desigualdade de renda e de oportunidades existentes na nação, tendo em vista como esse conhecimento implica em uma maior atenção ao orçamento individual, financiamentos, empréstimos, seguros e investimentos nas próprias reservas.
“No caso das empresas, temos ainda outras consequências dessa realidade, por exemplo, o profissional, muitas vezes bem remunerado, tem uma visão distorcida da sua renda e, logo, sobre o seu bem-estar financeiro pelo fato de não saber lidar bem com suas rendas pessoais. Isso gera descontentamento”, afirma Lucas Radd, sócio-fundador e CEO da Rufy.
Dados da International Stress Management Association (ISMA-BR), de 2019, apontaram 73% dos brasileiros indicando as contrariedades envolvendo o faturamento como a principal fonte de tensão. Em 2021, esse total subiu para 78%. Além disso, um estudo feito pelo instituto britânico Money and Mental Health mostrou esse mesmo assunto sendo o maior causador de transtornos como ansiedade, depressão, estresse e insônia. “Por isso, entendo como ao investir em educação e bem-estar financeiro, o empregador está na verdade ajudando o seu subalterno a enxergar e gerir melhor a sua real situação, com consequências positivas para ambos os lados. Já aconteceu na saúde física, mental e é um movimento começando agora na parte econômica”, complementa Radd.
Então, é dever das entidades pensarem nesses tópicos em ações como oportunidade de crescimento, plano de carreira, política clara salarial e o próprio conhecimento de gestão de dinheiro. Contudo, para isso ser realizado da melhor maneira, é crucial desenvolver um programa estruturado, com o propósito de mostrar aos empregados jeitos adequados de lidar com seus ganhos por meio da mudança de mentalidade e comportamento. O intuito principal é motivar as corporações e seus contratados para criarem uma nova relação com o salário recebido.
Essa administração e cuidado geram frutos positivos para ambas as partes envolvidas. No caso do liderado, os lucros envolvem equilíbrio, redução de estresse, aumento da qualidade de vida, garantia de uma aposentadoria sustentável e valorização da prática de sonhos.
No caso dos contratantes, o maior engajamento do time e eficácia do capital humano, a redução da rotatividade, o alívio da pressão sobre o campo de recursos humanos, a contribuição assertiva para o clima organizacional, a diminuição e conscientização com relação aos gastos, são pontos de enorme destaque. “Pontuo constantemente como a educação transforma a sociedade como um todo. Quando se fala em financeiro estamos pensando em pessoas menos endividadas, mais controladas, felizes e capazes de tomar decisões pessoais e profissionais acertadas. Além disso, essa democratização está intimamente ligada a temáticas da saúde mental”, finaliza o executivo.
Gostou do texto? Assista à TV Nube e confira nossas matérias no blog, postadas todos os dias com conteúdos exclusivos. Nos siga também nas redes sociais, estamos presentes no Instagram, Facebook, Twitter, Linkedin, TikTok e Youtube com posts incríveis. Não se esqueça de baixar o aplicativo Nube Vagas, disponível para Android e iOS. Deixando as notificações ativas e os dados atualizados você não perde nada.
A Feira de Estágios Nube 2023 vem aí! Nos dias 29, 30 e 31 de agosto deste ano, confira milhares de vagas de estágios, conteúdos ao vivo com dicas para o mercado de trabalho, vários sorteios com prêmios imperdíveis, certificado de horas complementares, bolsas de estudo e diversas outras vantagens. Fique ligado, logo iremos abrir as inscrições! Conte sempre conosco!
O Nube te ajuda a ter mais organização com o seu dinheiro!
Estamos no Linkedin com mais dicas e matérias focadas para gestores.
Se você tiver dúvidas sobre a contratação de estagiários e aprendizes, solicite um contato da nossa equipe.
Interessado em aprender mais? O Nube também oferece cursos on-line voltados para a qualificação profissional de gestores, estagiários e aprendizes.