Um imprevisto financeiro pode vir de várias formas – e acredite, ele virá! É uma dor de dente que requer um atendimento não previsto no dentista. Um cano estourado em casa que exige os serviços de um encanador. Um defeito no carro, obrigando a fazer uma passagem pelo mecânico. A lista é infinita e todos esses episódios vão exigir um gasto extra, o uso de um dinheiro que não estava previsto no orçamento mensal. E aí é que a situação pode complicar a vida financeira de uma pessoa.
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Por isso, é importante ter um orçamento para esses imprevistos. É o que se chama de reserva de emergência. “No planejamento financeiro, devemos cuidar dos gastos constantemente, entender as receitas e criar reservas de emergência”, afirma a educadora financeira Eliane Habib, sócia da Practa Treinamento e Educação Financeira.
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O que é um fundo de emergência
Um fundo de emergência nada mais é que uma reserva de dinheiro que permite pagar os imprevistos financeiros que surgem pelo caminho sem ter que mexer em investimentos, pegar empréstimos ou entrar no saldo negativo no banco.
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Como criar um fundo de emergência
O desafio, aqui, é conseguir economizar um pouco a cada mês para deixar o fundo de emergência robusto a ponto de ser suficiente para os imprevistos financeiros. “As pessoas planejadas passam melhor por imprevistos, pois possuem uma melhor visão do futuro”, afirma Reinaldo Domingos, PhD em educação financeira e presidente da DSOP Educação Financeira. “É mais fácil readequar um caminho do que construir do zero.”
Fazer um bom e detalhado orçamento é a base de qualquer planejamento financeiro. Quem está começando a criar um fundo de emergência, deve seguir três etapas principais.
- Registre suas despesas domésticas mensais e categorize em obrigatórias e supérfluas.
- Faça isso por alguns meses para conseguir obter um valor médio para suas despesas obrigatórias, e saber qual é o seu orçamento mensal ideal.
- A realização desse exercício também pode ajudá-lo a fazer um balanço de suas despesas e a filtrar os gastos não essenciais.
Os fundos de emergência também podem ser pensados não apenas para os imprevistos financeiros do dia a dia, como os citados no começo deste texto. Eles podem servir, até, para você manter o seu padrão de vida, ou ao menos arcar com os gastos básicos, em uma situação de desemprego. Nesse caso, o valor do fundo de emergência deveria cobrir ao menos três ou seis meses dos seus custos mensais.
Então, depois de fazer o exercício acima, e já sabendo seu orçamento mensal e o quanto de dinheiro sua reserva de emergência deve ter, procure estabelecer metas. Definir uma data para atingir determinado valor pode ser útil para você alcançar seus objetivos mais rapidamente. A partir daí, comprometa-se em colocar na reserva de emergência uma certa quantia de dinheiro todos os meses – e mantenha esses valores em uma aplicação separada de seus investimentos.
Parece difícil? “A grande orientação para as pessoas é elas terem a percepção de que educação financeira vai muito além de números”, alerta Domingos. “Está relacionada a comportamentos, mudanças na forma com que lida com o dinheiro.”