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O que fazer de sua vida financeira no pós-eleição

Estamos vivendo, sem dúvida alguma, uma ressaca pós eleição, contudo, agora já temos o novo presidente eleito que governará a partir de primeiro de janeiro de 2023. Independentemente de estar feliz ou não com o resultado, uma dívida fica: como ficará a vida financeira das pessoas.

Pensando nisso, trago uma importante informação em relação a esse ponto: pouco muda com o resultado eleitoral e pouco mudará com a política que será adotada. As pessoas terão que continuar trabalhando e para que realizem sonhos serão necessários empreenderem e investirem.

É importante acalmar as pessoas, lembrar que já tivemos muitas mudanças de governos no Brasil. Tivemos também várias crises e muitas mudanças políticas, mas quando se tem educação financeira, se percebe que independentemente do governo, quando se protege o dinheiro, se consegue realizar sonhos e ser feliz.

Ou seja, a mudança financeira que se quer na vida não depende prioritariamente de governos, mas sim de decisões que são tomadas dia a dia. Por isso, acredito ser primordial definir quatro caminhos a serem tomados pelas pessoas independentemente do governo:

Diagnosticar – é o ato de fazer uma faxina financeira, olhar tudo que entra e tudo que sai em relação ao dinheiro, recomendo fazer isso por 30 dias para quem tem ganhos fixos e por 90 para que quem renda variável. Com isso se observa os excessos e se corta. Esse é um instrumento de poupança real para os sonhos,enquanto os investimentos pagam, em média, 6,5% ao ano, no diagnosticar é possível ganhar mais, reduzindo 30% de seus gastos mensais em média.

Sonhar – o verdadeiro agente motivacional da educação financeira, nele é possível saber qual é o sonho, quanto custa, quanto vai guardar e em quanto tempo ele poderá ser realizado. O ideal é que as pessoas tenham sempre no mínimo três sonhos, sendo eles de curto, médio e longo prazo.

Orçar – uma ferramenta de análise que traz em sua essência a priorização de sonhos, prestações contraídas, com blindagem por meio de uma reserva estratégica, assim as despesas nunca mais serão suas prioridades. Proponho para as pessoas um novo jeito de orçamento, em que se coloque os sonhos e objetivos sempre na frente dos gastos mensais, garantindo assim a realização desses.

Poupar – reter, guardar, carimbar. O dinheiro para a realização dos sonhos é o que este pilar traz como principal ação, já que não basta apenas aplicar este dinheiro, mas ele também precisa ter dono, pois dinheiro guardado sem dono é dinheiro de ninguém. 

Importante frisar que poupar não é a saída para todos os problemas. Criar o costume de guardar parte do dinheiro que recebe é muito bom e traz benefícios em todos os aspectos, mas não é apenas isso que conta; é preciso ter atenção especial ao que se faz com esse valor, ou seja, quais os sonhos e metas que se quer atingir com isso.

Sim, o dinheiro precisa estar “carimbado”, já ter um propósito bem definido e planejado, caso contrário, ele será alvo fácil de gastos impulsivos e supérfluos.

Mas onde investir?

Bom, nesse momento, estamos em um estágio avançado, em que a tarefa é obter mais conhecimento sobre o universo dos investimentos. Quando estiver pronto para aplicar, procure atrelar ao tipo de sonho (curto, médio e longo prazo) e ao seu perfil: conservador (sem riscos; aplicação estável), moderado (riscos somente em uma pequena parte do investimento) e arrojado (mais riscos, porém mais retorno na aplicação).

Se os objetivos forem de curto prazo, a caderneta de poupança e alguns títulos do tesouro direto são ótimas opções. Para os de até 10 anos, aconselho fazer uma previdência privada, títulos do tesouro (também) ou aplicar nos fundos de renda fixa ou variável. A vantagem, nesse caso, é que quanto maior o prazo de investimento, menor o imposto cobrado. Há também CDB, títulos do tesouro direto, ouro, entre outros, porém, esses requerem ajuda de especialistas.

Já aos investimentos de longo prazo, oriento fazer previdência privada ou títulos do Tesouro Direto (novamente). Adquirir ações na Bolsa de Valores também pode ser interessante, mas sempre alerto que esse caso é uma forma de empreender, sendo que se adquire uma parcela de outra empresa, sendo também necessário atenção redobrada.

Vale a pena procurar saber sobre cada um e ver o que a educação financeira pode fazer para que o dinheiro trabalhe a seu favor.

Reinaldo Domingos está à frente da primeira plataforma de educação financeira do país, a DFlix. É PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin) e da DSOP Educação Financeira . Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira.

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