Por: Aurora / Site: Folha Geral
A inflação alta impacta diretamente o bolso dos brasileiros, uma vez que reduz o poder de compra e interfere na rentabilidade dos investimentos. Nesse cenário, quem tem dinheiro guardado deve redobrar a atenção para tomar decisões acertadas.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, encerrou o ano de 2021 em 10,06%. O resultado foi o maior verificado nos últimos seis anos.
Na tentativa de controlar a alta da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realizou aumentos consecutivos na taxa básica de juros Selic, que, agora, está fixada em 9,25% ao ano.
A projeção do mercado financeiro é que a Selic continue subindo para que a inflação possa ser controlada em médio prazo, segundo os dados do Relatório Focus divulgado em 10 de janeiro deste ano.
Mas 2022 reserva outros desafios para a economia nacional: a indefinição sobre o futuro político, pois é ano de eleições para presidente; os impactos das novas variantes da Covid-19; além das oscilações da economia internacional.
Tudo isso interfere na vida financeira dos brasileiros. Por isso, para proteger as economias, é válido seguir algumas orientações.
Investir é necessário
Quem conseguiu poupar dinheiro deve buscar alternativas para fazê-lo render, como orienta a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).
Com a alta da inflação, há perda do poder de compra. Isto significa que uma mesma quantia em dinheiro consegue comprar cada vez menos. Logo, manter o dinheiro parado em casa é sinônimo de desvalorização.
Por isso, a recomendação é avaliar os investimentos que podem oferecer um bom retorno financeiro na atual conjuntura econômica.
Avalie a tolerância aos riscos
Quem vai investir pela primeira vez deve compreender o seu próprio perfil, como orienta a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Nesse sentido, devem ser avaliados o valor disponível para a aplicação, os objetivos ao investir e qual é a tolerância aos riscos. Com essas informações, é possível filtrar quais investimentos são mais compatíveis.
De acordo com a Anbima, todo tipo de aplicação implica riscos. No entanto, há alguns que são considerados mais seguros, por terem menor volatilidade e oferecerem cobertura aos investidores, como é o caso de produtos de renda fixa.
Considere os investimentos em renda fixa
Por conta das incertezas sobre 2022, a segurança é um aspecto a ser observado pelos investidores. Por isso, as aplicações de renda fixa devem ser consideradas na hora de montar uma carteira de investimentos.
“Recomendamos cautela ao investidor diante do cenário desafiador que esperamos à frente”, afirma o estrategista de ações Filipe Villegas. O especialista orienta que, para o momento, os títulos pós-fixados atrelados à Selic e com liquidez diária são boas alternativas para proteger o patrimônio.
Não é preciso abrir mão da renda variável
Os investimentos em renda variável oferecem a chance de retorno financeiro superior à renda fixa, porém, são mais arriscados. Não é preciso abrir mão da modalidade em 2022, mas é necessário fazer escolhas estratégicas, como recomenda Villegas.
Segundo ele, dentre as opções atrativas para o momento estão as ações de empresas exportadoras, os fundos de índices globais (ETFs) e os Brazilian Depositary Receipts (BDRs), certificados de depósito de valores mobiliários provenientes de outros países emitidos no Brasil.
Na avaliação de Villegas, essas opções permitem ao investidor não se expor às incertezas do cenário interno.
Diversificar é a palavra de ordem
As oscilações econômicas sempre irão impactar o comportamento dos investimentos. Por isso, a diversificação da carteira segue sendo a estratégia apontada por especialistas para minimizar os riscos.
Ao distribuir os recursos em diferentes aplicações, o investidor garante o maior equilíbrio dos resultados. As corretoras de investimentos oferecem suporte e informações sobre como montar uma carteira diversificada.