Por: Administradores.com
A guerra entre Ucrânia e Rússia provoca grandes reflexos na economia mundial, e um dos maiores impactos deve ser nos preços dos combustíveis. No Brasil, os preços já estão altos, e mesmo com tentativas do Governo Federal em reduzi-los, aumentos ainda deverão ocorrer, já que os valores dos barris de petróleo disparam mundo afora.
Para agravar ainda mais a situação, o Brasil já vinha de sucessivas altas desses preços, o que faz com que muitas pessoas repensem até mesmo os meios de transporte que utilizam para amenizar os efeitos no bolso – considerando que, além dos combustíveis, os valores de aquisição e manutenção dos veículos também passam por aumentos expressivos.
O presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, faz um alerta sobre os riscos para as finanças ante o atual contexto: “O aumento ocasiona um gasto extra que deve ser avaliado antes de entrar no orçamento, precisando repensar o uso dos veículos. Isso sem contar o previsível aumento nos preços dos produtos que consumimos, já que grande parte são transportados por caminhões movidos a diesel, e o provável aumento dos preços dos serviços de transporte, como ônibus e táxis”.
Segundo o especialista, é preciso, então, avaliar formas de economizar nos deslocamentos cotidianos. “Repense o uso do carro em determinadas situações, já que nem sempre é preciso fazer tudo com ele. Otimize as viagens, pegando ou oferecendo carona e fazendo rodízios com colegas de trabalho e amigos”, sugere, alertando ainda para todos os outros custos envolvidos com o uso dos automóveis: “Não olhar os gastos totais é uma armadilha, é preciso ter consciência sobre as diversas despesas envolvidas. As básicas são: prestações, seguro, combustível, manutenção, IPVA, licenciamento, lavagens e, até mesmo, possíveis multas”.
De acordo com análises realizadas pela Abefin, a manutenção de um veículo já quitado custa, em média, 2% de seu valor de compra por mês. Dessa, forma a manutenção de um veículo de R$ 30 mil, por exemplo, tem um custo de aproximadamente R$ 600 mensais.
“Vejo que muitos mantêm o carro apenas por status, e o resultado é o endividamento ou a necessidade de devolver esse bem. Há famílias que possuem mais de um carro e deixam um deles parado na garagem, sem perceber que estão perdendo dinheiro. Outras o trocam pelo transporte público ou por táxi ou transporte por aplicativo e obtêm grande economia, sem piorar sua qualidade de vida”, salienta Domingos.
Veja abaixo 7 dicas da Abefin para economizar no combustível:
1) Analise a necessidade de fazer tudo com o carro; realizar algumas caminhadas, além de ser saudável, pode gerar boa economia;
2) Alterne o uso do carro com o transporte público, assim terá diminuição no orçamento mensal no que se refere a gastos com locomoção;
3) Ofereça e pegue caronas com familiares, amigos e colegas de trabalho sempre que possível. Assim, além da economia, há maior sociabilização;
4) Dirija e utilize o veículo com consciência. Algumas ações geram maior consumo de combustível, como manter o ar-condicionado ligado e trocar de marcha na velocidade inadequada;
5) Abasteça em postos de sua confiança, garantindo a qualidade da gasolina que está comprando;
6) Mantenha os pneus calibrados, pois se estiverem abaixo do recomendado pelo fabricante, há resistência na rolagem e o carro consume mais combustível. Isso sem contar o desgaste dos pneus, que são caros;
7) Mantenha o carro sempre revisado, pois um motor mal regulado pode gastar mais combustível. Assim também evita imprevistos que podem estourar as finanças.