Com baixa renda e informalidade, brasileiros não conseguem poupar, e aposentadoria depende do INSS, que não é suficiente.
A maior parte dos brasileiros economicamente ativos não está preparada para a aposentadoria. Pesquisa mostra que 62% dos entrevistados afirmaram não guardar nenhum recurso para a aposentadoria. Isso significa que, de cada 10 brasileiros em idade produtiva, seis vivem apenas do presente, sem qualquer preparo para o futuro. Entre os 38% que economizam, há dispersão: 31% citam o INSS, 42%; a previdência privada, e 38% informaram outras formas de reserva, como poupança, imóveis ou investimentos.
A pesquisa foi realizada pela Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), em parceria com o Instituto Axxus. Intitulada “Pesquisa Abefin: Aposentadoria, INSS e Previdência Privada a realidade em 2025”, escancara uma realidade preocupante, seundo a entidade.
Mesmo entre os que poupam, predomina a incerteza. Apenas 19% dos que investem em previdência privada acreditam que terão condições de manter uma vida financeira saudável sem depender de terceiros. Outros 38% reconhecem que terão de continuar trabalhando para sustentar seu padrão de vida. O medo de envelhecer sem recursos está tão presente que só 7% dos que contribuem com o INSS acreditam que o benefício será suficiente para viver com dignidade.
A pesquisa ouviu 600 trabalhadores em todo o país. A amostra reflete bem o mercado de trabalho: dos 78,3 milhões de trabalhadores brasileiros em 2025, metade está na formalidade (CLT ou CNPJ) e metade na informalidade. A contribuição regular para a Previdência Social ou para planos privados fica comprometida quando 49,7% da força de trabalho sobrevive em condições precárias, sem vínculo empregatício fixo.
A maior parte dos brasileiros economicamente ativos não está preparada para a aposentadoria. Pesquisa mostra que 62% dos entrevistados afirmaram não guardar nenhum recurso para a aposentadoria. Isso significa que, de cada 10 brasileiros em idade produtiva, seis vivem apenas do presente, sem qualquer preparo para o futuro. Entre os 38% que economizam, há dispersão: 31% citam o INSS, 42%; a previdência privada, e 38% informaram outras formas de reserva, como poupança, imóveis ou investimentos.
A pesquisa foi realizada pela Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), em parceria com o Instituto Axxus. Intitulada “Pesquisa Abefin: Aposentadoria, INSS e Previdência Privada a realidade em 2025”, escancara uma realidade preocupante, seundo a entidade.
Mesmo entre os que poupam, predomina a incerteza. Apenas 19% dos que investem em previdência privada acreditam que terão condições de manter uma vida financeira saudável sem depender de terceiros. Outros 38% reconhecem que terão de continuar trabalhando para sustentar seu padrão de vida. O medo de envelhecer sem recursos está tão presente que só 7% dos que contribuem com o INSS acreditam que o benefício será suficiente para viver com dignidade.
A pesquisa ouviu 600 trabalhadores em todo o país. A amostra reflete bem o mercado de trabalho: dos 78,3 milhões de trabalhadores brasileiros em 2025, metade está na formalidade (CLT ou CNPJ) e metade na informalidade. A contribuição regular para a Previdência Social ou para planos privados fica comprometida quando 49,7% da força de trabalho sobrevive em condições precárias, sem vínculo empregatício fixo.
Sem contribuição regular, essas pessoas ficam excluídas tanto do INSS quanto de planos de previdência privada que exigem aportes mensais. Além disso, trabalhadores informais têm renda variável, o que dificulta o compromisso de longo prazo.
Não é só aposentadoria: brasileiros não têm reserva financeira
Outro dado chama a atenção, segundo a Abefin: 41% dos entrevistados afirmaram que, se perdessem a renda hoje, conseguiriam manter o padrão de vida por menos de três meses. Outros 39% resistiriam de três a seis meses. Ou seja, 8 em cada 10 brasileiros não têm reservas mínimas para enfrentar meio ano sem renda.
“Esse quadro expõe um país extremamente vulnerável. A ausência de um colchão financeiro de segurança não impacta apenas a aposentadoria futura, mas também a capacidade de lidar com crises inesperadas — como desemprego, doenças ou emergências familiares”, alerta o presidente da Abefin, Reinaldo Domingos.
A pesquisa também investigou a situação financeira dos pais dos entrevistados, e os resultados ajudam a entender por que os filhos seguem o mesmo caminho. Entre os que já são aposentados, 29% dependem financeiramente dos filhos ou de terceiros. Outros 41% continuam trabalhando, mesmo após o fim da vida laboral formal.
“Esse cenário perpetua um ciclo de dependência intergeracional: os mais velhos, sem reservas suficientes, precisam do apoio dos filhos, que por sua vez já enfrentam dificuldades para organizar a própria vida financeira. Assim, a roda da vulnerabilidade continua girando”, explica Reinaldo Domingos.






